Por Anna Ruth Rodrigues
Chamou minha atenção, esta semana, uma publicação que questionava se estaríamos preparados para viver tanto. Entre histórias de velhinhos/as que aos cento e poucos anos ainda estão lúcidos/as e, relativamente bem, o que mais li foram as dicas de um renomado geriatra para que sejamos centenários também, ou perto disso, com mais qualidade de vida.
Primeiro, diz a autoridade no assunto, precisamos nos preparar para envelhecer bem: Gostar de nós mesmos, adotar um estilo de vida melhor com sono reparador, ter alimentação adequada, se manter no peso desejável para a idade, ter uma atividade física e fazer revisões regulares de saúde com um especialista. Ufa! Não é mole não...
O tal geriatra adianta ainda que, mesmo com todos esses cuidados, após os 60 anos teremos que conviver com 3 ou mais doenças. Isto mesmo! Não sei como chegaram a este número mas estava escrito: Três doenças, no mínimo. A boa notícia (se é que assim se pode considerar ) é que, em geral, as 3 doenças podem ser controladas.
E sabe a partir de quando devemos procurar um geriatra? Sem extremos, a partir dos 35 anos de idade. Nesta estou atrasada, já passei da hora e nunca botei os pés no consultório de um especialista desses. Já não chegam as tais revisões periódicas que devemos/temos que fazer todo ano? O tal check-up? –Não, não são suficientes! Ao perseguirmos a longevidade temos que mudar nossa postura.
Aliás, segundo dados do IBGE (que qualquer um pode comprovar só de dar uma olhada nas ruas), o brasileiro está vivendo mais (nem sempre passando bem, porém por mais tempo): 73,2% anos em média. Na década de 60 a média era de 54,6 anos. E por falar em IBGE, agora já fico com os dois pés atrás a respeito dessas pesquisas que, entre outras coisas, empurram os idosos para trabalhar mais até a aposentadoria. Se amanhã, nossa expectativa de vida subir pra 90 anos, provavelmente seremos obrigados a pegar no batente até os 85 anos. Melhor virar esta página...
Voltando às questões científicas, os renomados pesquisadores dizem que o componente genético é responsável por 25% da longevidade. Os outros 75% ficam com o estilo de vida e componentes ambientais. Devem ter lá suas razões. Sobre os citados componentes genéticos (ai que medo!), tenho exemplos em minha família mesmo: meu avô viveu até os 98 anos, relativamente bem disposto e independente. Só embarcou quando foi derrubado por uma pneumonia seguida de outras complicações. Tenho também uma tia, irmã do meu pai, que já está com 98 anos e meio. Anda sem pressa (e pra quê?)e se alimenta muito bem.Esta deve chegar aos cem. E lúcida, viu?
Mas os recordistas da longevidade, segundo “profundas” pesquisas minhas (na Internet, confesso), são os japoneses, em especial as mulheres. Lá no Japão, a expectativa de vida chega aos 80 anos. O livro dos recordes diz que a pessoa mais velha do mundo é a japonesa Yone Minagawa, de 114 anos. A segunda no ranking até este mês, era a senhora Tsuneyo Toyonaga, 113 anos. Mas morreu de velhice. Seja lá o que isso signifique. Nunca entendi a ‘morte de velhice. Outra japonesa também está entre as “mais, mais”. É uma velhinha chamada Tomoji Tanabe, com 112 anos e cinco meses.
No entanto, embora não queira confundir sua cabeça (como a minha ficou), fora do livro dos recordes, mas na Net, encontrei uma super-campeã de longevidade. Seria Dona Cruz Hernández Ribas, de El Salvador, que teria celebrado também agora em abril, seus 128 anos. Cento e vinte e oito anos!
Na festa, 200 pessoas. Entre elas seus cinco filhos ainda vivos (eram 13), 60 netos, 80 bisnetos e 25 tataranetos. E sabe o que a velhinha ficou fazendo? - Passou o tempo todo cochilando!
Humm.. não sei viu... acho que não estou preparado para viver tanto.
ResponderExcluirQuero viver só o necessário para deixar minha marca.. ;)
Viver, mais do que estamos programados para viver, seria o mesmo que viver o inferno na terra.
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