sábado, 28 de maio de 2011

QUEM QUER VIVER ATÉ OS 120 ANOS?



Por Anna Ruth Rodrigues

 
Chamou minha atenção, esta semana, uma publicação que questionava se estaríamos preparados para viver tanto. Entre histórias de velhinhos/as que aos cento e poucos anos ainda estão lúcidos/as e, relativamente bem, o que mais li foram as dicas de um renomado geriatra para que sejamos centenários também, ou perto disso, com mais qualidade de vida.

Primeiro, diz a autoridade no assunto, precisamos nos preparar para envelhecer bem: Gostar de nós mesmos, adotar um estilo de vida melhor com sono reparador, ter alimentação adequada, se manter no peso desejável para a idade, ter uma atividade física e fazer revisões regulares de saúde com um especialista. Ufa! Não é mole não...

O tal geriatra adianta ainda que, mesmo com todos esses cuidados, após os 60 anos teremos que conviver com 3 ou mais doenças. Isto mesmo! Não sei como chegaram a este número mas estava escrito: Três doenças, no mínimo. A boa notícia (se é que assim se pode considerar ) é que, em geral, as 3 doenças podem ser controladas.

E sabe a partir de quando devemos procurar um geriatra? Sem extremos, a partir dos 35 anos de idade. Nesta estou atrasada, já passei da hora e nunca botei os pés no consultório de um especialista desses. Já não chegam as tais revisões periódicas que devemos/temos que fazer todo ano? O tal check-up? –Não, não são suficientes! Ao perseguirmos a longevidade temos que mudar nossa postura.

Aliás, segundo dados do IBGE (que qualquer um pode comprovar só de dar uma olhada nas ruas), o brasileiro está vivendo mais (nem sempre passando bem, porém por mais tempo): 73,2% anos em média. Na década de 60 a média era de 54,6 anos. E por falar em IBGE, agora já fico com os dois pés atrás a respeito dessas pesquisas que, entre outras coisas, empurram os idosos para trabalhar mais até a aposentadoria. Se amanhã, nossa expectativa de vida subir pra 90 anos, provavelmente seremos obrigados a pegar no batente até os 85 anos. Melhor virar esta página...

Voltando às questões científicas, os renomados pesquisadores dizem que o componente genético é responsável por 25% da longevidade. Os outros 75% ficam com o estilo de vida e componentes ambientais. Devem ter lá suas razões. Sobre os citados componentes genéticos (ai que medo!), tenho exemplos em minha família mesmo: meu avô viveu até os 98 anos, relativamente bem disposto e independente. Só embarcou quando foi derrubado por uma pneumonia seguida de outras complicações. Tenho também uma tia, irmã do meu pai, que já está com 98 anos e meio. Anda sem pressa (e pra quê?)e se alimenta muito bem.Esta deve chegar aos cem. E lúcida, viu?

Mas os recordistas da longevidade, segundo “profundas” pesquisas minhas (na Internet, confesso), são os japoneses, em especial as mulheres. Lá no Japão, a expectativa de vida chega aos 80 anos. O livro dos recordes diz que a pessoa mais velha do mundo é a japonesa Yone Minagawa, de 114 anos. A segunda no ranking até este mês, era a senhora Tsuneyo Toyonaga, 113 anos. Mas morreu de velhice. Seja lá o que isso signifique. Nunca entendi a ‘morte de velhice. Outra japonesa também está entre as “mais, mais”. É uma velhinha chamada Tomoji Tanabe, com 112 anos e cinco meses.

No entanto, embora não queira confundir sua cabeça (como a minha ficou), fora do livro dos recordes, mas na Net, encontrei uma super-campeã de longevidade. Seria Dona Cruz Hernández Ribas, de El Salvador, que teria celebrado também agora em abril, seus 128 anos. Cento e vinte e oito anos!
Na festa, 200 pessoas. Entre elas seus cinco filhos ainda vivos (eram 13), 60 netos, 80 bisnetos e 25 tataranetos. E sabe o que a velhinha ficou fazendo? - Passou o tempo todo cochilando!

2 comentários:

  1. Humm.. não sei viu... acho que não estou preparado para viver tanto.
    Quero viver só o necessário para deixar minha marca.. ;)

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  2. Viver, mais do que estamos programados para viver, seria o mesmo que viver o inferno na terra.

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